Confira como portar jogos para outras plataformas em 3 passos

Sumário

Você sabe como portar jogos? Um port de game é a adaptação de um jogo já lançado para uma nova plataforma – algo que pode ser feito para consoles, computadores, dispositivos móveis ou até mesmo para realidade virtual. Dentre as vantagens desse processo, podemos citar a expansão do público-alvo, o prolongamento da vida útil do jogo e o aproveitamento de novas tecnologias em potencial.

No entanto, fazer um port é um processo que possui vários desafios. Ao longo desse artigo, iremos explicar o básico de como portar jogos para outras plataformas, direcionando você nas três grandes etapas desse processo.

Veja também: Como escolher uma empresa de desenvolvimento de games

Como portar jogos para outras plataformas?

Portar um jogo para uma nova plataforma é como mudar para uma nova casa: empolgante e cheio de possibilidades, mas exige bastante planejamento para garantir um resultado positivo.

Esse processo geralmente envolve três etapas principais, que você conhecerá abaixo:

1 – Bom planejamento: a base de todo projeto

E a etapa crucial nesse processo é, sem dúvida, exatamente isso: o planejamento. É aqui que você define o mapa para a jornada de portar seu jogo, pensando em seu público-alvo e avaliando a viabilidade do projeto.

Foto de um quadro de planejamento.

Como portar jogos

Antes de começar a empacotar suas malas (ou seja, seu código e recursos visuais), é fundamental conhecer a fundo o novo lar do seu jogo: a plataforma de destino. 

Quais são suas características de hardware e software? Quais são suas restrições, sejam elas legais ou técnicas? Seu jogo funcionaria bem com os controles da plataforma em questão? Ter respostas para essas perguntas é essencial para tomar decisões informadas sobre o port.

Por exemplo, se você está portando um jogo mobile para PC, será necessário adaptar a interface do usuário e seus controles para o uso de mouse e teclado, além de otimizar o desempenho e os visuais para máquinas mais poderosas.

Ou, então, caso você pretenda portar jogos de do PC para um console, você terá de avaliar o hardware da plataforma de destino (em especial a placa de vídeo, o processador e a memória RAM disponível) e se certificar que tudo irá funcionar perfeitamente após os ajustes do port.

Outro aspecto que você deve avaliar durante o planejamento é a viabilidade financeira do seu port. Infelizmente, tempo e dinheiro são recursos escassos para a maioria de nós, então é necessário garantir que o processo de port valerá a pena no futuro.

Aqui, você deve considerar os seguintes fatores:

  • Custos de desenvolvimento: quantas pessoas e quanto tempo será necessário para realizar o port? Lembre-se que você irá ter que adaptar o código para a nova plataforma, otimizar o jogo (que muitas vezes envolve alterar os assets já criados), testes, etc.;
  • Publicidade: além de gastar com o desenvolvimento do jogo, é importante direcionar cerca de 25% a 30% do orçamento apenas para fins de marketing. A estratégia usada pelo time irá depender do gênero de jogo, da plataforma em questão e do público alvo;
  • Potencial de lucro: por fim, considere outros aspectos financeiros relacionados ao jogo, como o preço ideal do jogo (ou de suas microtransações) para maximizar o lucro e/ou o número de jogadores, bem como o nível de risco do port.

Se com essa análise tudo indicar que é um bom negócio, então é hora de dar o próximo passo.

2 – Desenvolvimento: dando vida ao port do seu jogo

Com o planejamento em mãos, é hora de começar o processo de port do seu jogo. Aqui, a primeira coisa a se fazer é escolher as ferramentas adequadas para o port.

Por sorte, a maior parte dos jogos já é desenvolvida em game engines com recursos multiplataforma, como o Unity e a Unreal Engine. Com elas, você consegue compilar seu código para múltiplas plataformas dentro do mesmo ambiente de desenvolvimento, sendo extremamente úteis para portar seu jogo para outras plataformas.

Foto de uma pessoa programando.

Ainda assim, algumas mudanças serão necessárias; um dos aspectos mais importantes de qualquer port é garantir que a interface e os controles sejam intuitivos na plataforma de destino. É normal, por exemplo, ter que redimensionar os elementos do menu, reorganizar a interface e até mesmo substituir ícones para garantir uma experiência mais suave.

Já para os controles, é de extrema importância compreender os comandos naturais e boas práticas de experiência do usuário na plataforma de destino. 

Por exemplo, caso você esteja portando um jogo para PC, os controles de personagem quase sempre envolvem o mouse ou as teclas WASD, então você vai querer manter essa convenção em seus jogos. Já para jogos mobile, ter um design responsivo e elementos de interface que funcionem bem com o toque são essenciais.

Outro aspecto importante de qualquer port envolve a fidelidade visual e sonora para proporcionar uma experiência de jogo agradável. Para isso, você deve verificar se as bibliotecas de código (libraries) utilizadas para shaders, gráficos e sons (ou alternativas igualmente capazes) também estão disponíveis para as plataformas de destino.

3 – Otimização e testes: garantindo que tudo funciona como planejado

Otimizar o código e os assets do seu jogo durante o processo de port também é fundamental para garantir um bom desempenho na plataforma de destino. Isso significa que o jogo deve rodar sem problemas, trabamentos, ou quedas na taxa de quadros, mesmo em dispositivos menos potentes (como acontece em ports de PC para mobile e similares).

Screenshot de GTA San Andreas: The Definitive Edition
Hoje em dia, é até possível jogar GTA: San Andreas pelo celular

Existem diversas técnicas de otimização que podem ser utilizadas no processo de como portar jogos, sendo que as duas principais envolvem:

  • Ajustar algoritmos: buscar soluções mais eficientes para cálculos e processos, como object culling (em vez de renderizar todo o ambiente, você renderiza somente o que está no campo de visão do jogador) ou a icônica “raiz quadrada inversa rápida.” Tirar proveito de bibliotecas pré-existentes para tarefas específicas na plataforma de destino é uma outra opção;
  • Reduzir a qualidade gráfica: às vezes, para manter o bom desempenho de um jogo, será necessário reduzir a resolução das texturas, a contagem de polígonos em um modelo 3D, a quantidade de partículas, ou alguma outra otimização. Isso muitas vezes é um sacrifício necessário, mas que pode ser parcialmente remediado com uma dose de criatividade;

Além disso, é também necessário testar o seu port em todos os aspectos – jogabilidade, controles, desempenho, etc. – para garantir que tudo está rodando perfeitamente na plataforma de destino. 

Isso significa testar o port nas mais diferentes configurações e tamanhos de tela (especialmente se estivermos falando de PC ou jogos mobile), ou mesmo testá-lo com variados tipos de jogadores para identificar possíveis problemas de usabilidade, progressão, ou mesmo bugs estranhos.

Afinal, por conta das diferenças técnicas entre cada plataforma, você talvez encontre um bug no port que seria impossível na versão original, ou tenha problemas de performance em determinadas seções do jogo.

Pessoa jogando um MOBA no celular.

Como portar jogos: considerações finais

Para recapitular, o processo de port acontece em três etapas principais:

  • Planejamento: dedique tempo para entender a plataforma de destino e avaliar a viabilidade financeira do projeto;
  • Desenvolvimento: escolha as ferramentas apropriadas para o seu port e garanta que os controles e a interface sejam intuitivas e fáceis de navegar na plataforma de destino;
  • Otimização e testes: caso o hardware da nova plataforma seja mais fraca, use técnicas de otimização para melhorar o desempenho do jogo – e lembre-se de estar sempre testando o jogo para encontrar bugs e possíveis pontos de melhoria.

Agora que você tem uma visão holística de como portar jogos para outras plataformas, por que não começar o processo agora levando em conta tudo o que você aprendeu ao longo desse artigo?

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