Em questão de poucos anos, os celulares se tornaram máquinas extremamente potentes. O que antes eram uns “tijolinhos” com alguns jogos simples para passar o tempo, estão se tornando rapidamente em um intermediário entre um PC e um console.
Os celulares de hoje contam com processadores potentes, gráficos de alta qualidade, tela full HD e memória e espaço em disco de sobra.
Muito de seu repertório ainda consiste de jogos de puzzle e de passatempo, mas grandes empresas de jogo e alguns estúdios independentes estão dando mais atenção a esse mercado também.
Embora os iPhones tendam a ser os celulares mais potentes, dispositivos com Android tendem a ser mais acessíveis, por isso, acabam tendo um mercado maior.
Também é muito mais fácil desenvolver para Android: as ferramentas de desenvolvimento estão disponíveis gratuitamente, e para publicar o jogo, você só precisa ter uma conta do Google. Para o iOS, você precisa ter tanto um iPhone quanto um Mac para ter acesso à App Store.
Por isso, é muito comum que jogos independentes acabem visando apenas a Google Play Store. Se sua intenção for desenvolver para Android, sem necessariamente expandir para o iOS, confira as dicas que vamos passar neste artigo.
Criar um game para Android: melhores métodos
Existe mais de uma forma de desenvolver um game para Android. Não existe a forma “certa”, apenas a forma que melhor se encaixa na ideia de jogo que você tiver.
Neste artigo, vamos falar um pouco sobre as ferramentas disponíveis, assim como o que você precisa saber para usá-las. Com isso, fica mais fácil de escolher o seu caminho.
A importância da programação
Se a sua ideia é desenvolver o jogo você mesmo, isso significa que vai precisar aprender a programar.
Porém, isso não significa necessariamente aprender uma linguagem de programação.
As linguagens de programação tendem a ser uma ótima forma de criar jogos mais complexos e ter maior controle e flexibilidade sobre as mecânicas.
Porém, se adaptar a elas pode ser difícil no início, pois isso envolve se adaptar a uma diferente forma de pensar, ao mesmo tempo em que você precisa aprender vários comandos e como usá-los.
Felizmente, várias ferramentas de desenvolvimento de jogos atualmente apresentam formas de evitar o uso dessas linguagens, pelo menos parcialmente. Elas transformam isso em métodos gráficos que são mais intuitivos, diminuindo o tanto de informação necessária para aprender.
Porém, usar elas ainda é uma forma de programar. Elas envolvem o mesmo tipo de raciocínio que a programação tradicional, isto é, de “ensinar” o computador a fazer algo por você.
Por isso, mesmo ao usar essas ferramentas mais novas, ainda é necessário saber programar para fazer o jogo. Portanto, foque em entender esses conceitos antes de entrar de cabeça no desenvolvimento de games!
Usando uma game engine
Uma game engine é um aplicativo que busca simplificar o desenvolvimento de jogos.
Ao invés de ter de desenvolver toda a programação que permita carregar e utilizar os recursos que o jogo precisa, como gráficos e áudio, a game engine já traz tudo isso pronto, e você precisa apenas aprender a usá-la.
Além disso, as game engines atualmente também simplificam o processo de lançar o jogo. Ao invés de precisar desenvolvê-lo de formas diferentes para múltiplas plataformas, você pode desenvolvê-lo uma única vez e lançá-lo em múltiplas plataformas.
Dessa forma, você pode usar uma dessas engines para criar um game para Android muito mais facilmente. E, se quiser, pode depois também lançá-lo para iOS sem precisar refazer boa parte do jogo!
Dentre as game engines disponíveis atualmente, destacam-se a Unreal e a Unity, que são as engines que apresentam a maior quantidade de recursos, além de serem muito flexíveis.
A Unity é uma opção especialmente boa, principalmente se você ainda está aprendendo a desenvolver jogos, visto que foi criada para ser fácil de usar e apresenta uma grande comunidade de desenvolvedores independentes.
Além delas, destacam-se também a Godot, a GameMaker e a Construct 3, muito usadas para o desenvolvimento de jogos 2D, tanto para computador quanto para celular (e até para consoles).
Usando o Android Studio
Se você quiser seguir o caminho mais difícil e usar programação pura (ou quase pura), você também pode utilizar o Android Studio.
O Android Studio é a ferramenta oficial para desenvolvimento de aplicativos para dispositivos Android. Ele não vem com ferramentas para facilitar o desenvolvimento de games – isso fica por sua conta – mas conta com bibliotecas para o controle de eventos, criação de interfaces gráficas e renderização básica.
Também é possível adicionar outras bibliotecas que encontrar na internet para facilitar algumas coisas. Por exemplo, para usar gráficos 3D.
O Android Studio apresenta suporte apenas para o uso das linguagens Java e Kotlin. Por isso, é uma boa ideia conseguir certa experiência com alguma dessas linguagens se quiser seguir por essa via.
Embora dessa forma você consiga otimizar seu jogo para a plataforma, fica mais difícil depois levá-lo para alguma outra. Por outro lado, usar Kotlin pode ajudar nisso, visto que foi feita para ser multi-plataforma.
Outros aspectos do desenvolvimento de jogos
A parte de programação é uma das partes mais importantes – é ela que dá vida ao jogo, provendo interatividade e reagindo à vontade do jogador.
Porém, também não é a única. A criação de artes, gráficos, efeitos sonoros, efeitos visuais, entre muitos outros, é também importante para a imersão do jogador. Por isso, após já ter definido bem as mecânicas do jogo, é necessário se preocupar com esses outros aspectos também!
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Muitas pessoas começam a desenvolver jogos porque querem jogar o jogo dos seus sonhos, não tanto porque querem passar pelo processo de desenvolvimento.
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