11 jogos fáceis de programar para iniciantes

Sumário

A indústria de jogos é extremamente diversa e abrangente, oferecendo entretenimento para bilhões de pessoas em todo o mundo. Com o crescimento explosivo da indústria de jogos em décadas recentes, muitos almejam ingressar nesse mercado que está transbordando de oportunidades – seja como hobby ou uma possível carreira de sucesso, a área de desenvolvimento de jogos atrai pessoas de todas as idades.

Apesar disso, com toda essa variedade de gêneros e complexidades que os jogos podem oferecer, escolher por onde começar pode ser uma tarefa intimidante e cansativa, principalmente para iniciantes.

Caso você se identifique com esse dilema, não se preocupe: criamos esse artigo especialmente para você! 

Ao longo deste, iremos explorar exemplos de jogos fáceis de programar com linha de comando e projetos mais complexos utilizando game engines (ou motor de jogos, como o Godot). Também entraremos em detalhes sobre aspectos principais de sua gameplay e desenvolvimento, mencionando os aspectos técnicos que a criação de cada jogo exercita.

Tenha uma boa leitura!

Exemplos de jogos fáceis de programar para iniciantes com linha de comando

Ao dar os primeiros passos na criação de jogos, a escolha da linguagem de programação é fundamental. Para iniciantes, é recomendável optar por linguagens que são populares na indústria de jogos, como o C# (utilizado no Unity e Godot) ou C++ (utilizado no OE3D e Unreal). 

No entanto, qualquer linguagem de programação basta para aprender os fundamentos visto que, em um primeiro momento, é bom se familiarizar com a linguagem criando pequenos projetos na linha de comando.

Adivinhe o número

Um dos projetos que todo iniciante em programação faz (além do “hello, world!”) é o jogo de adivinhar o número. Seu funcionamento é bem simples:

  • A máquina gera um número aleatório dentro dos parâmetros definidos pelo desenvolvedor;
  • O jogador escolhe um número ao acaso;
  • Caso o número estiver correto, o jogo acaba e o jogador é vitorioso;
  • Caso contrário, a máquina analisa o chute e diz se o número gerado é maior ou menor que o chute;
  • Caso as tentativas do jogador se esgotam, o jogo acaba e a máquina é vitoriosa.

E é justamente a simplicidade que o torna um projeto incrível para quem está começando sua jornada na programação. Todos os conceitos que são vistos nesse primeiro projeto serão usados com bastante frequência ao longo da carreira, como definição e manipulação de variáveis, geração de números aleatórios, controle de fluxo (testes condicionais e laços), e receber um valor de entrada do jogador.

Screenshot com a implementação do jogo de adivinhar o número.
Exemplo de código em Python.

Palavra embaralhada

Outro projeto que qualquer iniciante pode fazer com poucas horas de experiência é um jogo de descobrir a palavra embaralhada. Ele funciona da seguinte forma:

  • No início de cada rodada, uma palavra é escolhida ao acaso e a máquina gera um anagrama dela;
  • A versão embaralhada dessa palavra é apresentada ao jogador, que também recebe uma dica sobre a palavra misteriosa (pode ser sua definição ou uma letra em seu lugar correto);
  • O jogo acaba quando a palavra for descoberta.

Um jogo desse tipo ensina ao programador como normalizar e comparar strings, como utilizar funções para compartimentalizar o código (como o gerador de anagramas), e como associar uma palavra com sua respectiva dica.

21 (Blackjack)

O jogo “21”, mais popularmente conhecido como Blackjack no exterior, é um dos jogos de cartas mais simples e icônicos. É também um dos jogos de cassino mais populares existentes!

Embora seja algoritmicamente mais complexo do que o jogo de adivinhar o número, suas regras também são simples:

  • O baralho convencional é utilizado, mas com mudanças: as cartas de 2 a 10 valem seu respectivo número; o valete (J), a rainha (Q), e o rei (K) valem 10, e o ás (A) pode valer 1 ou 11;
  • O computador compra duas cartas, que ficam viradas para baixo;
  • O jogador também compra duas cartas, que ficam viradas para cima;
  • O jogador pode comprar quantas cartas quiser desde que a soma dos valores em mão não ultrapasse 21;
  • Caso o jogador consiga exatamente o valor 21 em mãos, ele é declarado o vencedor;
  • Caso o jogador ultrapasse o valor 21 em mãos, ele é declarado o perdedor;
  • Caso o jogador decida parar de comprar cartas antes das condições anteriores, a mão do computador é revelada;
  • O computador compra cartas até que sua mão ultrapasse o valor 17. Caso o valor 21 seja ultrapassado, o jogador é declarado o vencedor. Do contrário, o vencedor é aquele que mais se aproximar do valor 21, existindo a possibilidade de empate.

Programar o jogo “21” aprofunda conceitos trabalhados anteriormente visto que é necessário se atentar a um número maior de testes e condições. Os laços também são um pouco mais complexos, exigindo bom domínio dos fundamentos da linguagem de programação escolhida.

A depender da implementação utilizada, pode também ser necessário manipular strings e realizar conversões de texto para números, dois processos que são extremamente comuns na área de desenvolvimento.

Foto de uma pessoa olhando duas cartas do baralho, um ás e um 10.
Essa mão dá 21!

Exemplos de jogos fáceis de programar com game engines

Depois de criar os primeiros projetos com a linha de comando, você estará pronto para explorar o mundo das game engines, ferramentas poderosas que oferecem um ambiente de desenvolvimento de jogos repleto de funcionalidades pré-programadas, como detecção de colisão, gerenciamento de áudio e a renderização do jogo na tela do computador.

Veja alguns jogos que podem ser facilmente criados com essas ferramentas:

Mestre Mandou (Simon Says)

“Mestre Mandou” é um jogo extremamente simples que desafia a memória dos jogadores: uma sequência de cores ou sons é apresentada aos jogadores, que devem repeti-la na ordem correta. Caso cometam um erro, o jogo acaba.

Ele é uma das melhores introduções possíveis a uma game engine por usar muitos dos seus recursos de forma básica. Por exemplo, o desenvolvedor irá precisar aprender como adicionar imagens, sons, e fazer as partes interagirem com o usuário por meio do mouse, conhecimentos que serão essenciais em qualquer projeto subsequente!

Pong

“Pong” é um dos jogos mais clássicos de todos os tempos. Originalmente lançado em 1972 pela Atari, o jogo envolve dois jogadores que controlam uma raquete retangular, devendo usá-la para rebater a bola em direção ao oponente. Apesar de ser bem simples, Pong foi um dos maiores sucessos de vendas na década de 1970.

Programar um clone desse jogo aprofunda e ensina vários conceitos fundamentais dentro da área de desenvolvimento de jogos. Por exemplo, é necessário lidar com entrada dos usuários (que controlam as raquetes), lidar com colisões da bola com a raquete ou com a janela do jogo e constringir o movimento das raquetes para que elas não saiam da janela.

Breakout

Um clássico dos fliperamas, “Breakout” é outro jogo fácil de programar. Ele é bem similar ao Pong em vários aspectos, mas o objetivo do outro é outro: rebater a bola para quebrar todos os blocos coloridos na parte superior da tela sem deixar que a bola encoste no chão.

Em questão de implementação, Breakout é um pouco mais complexo do que o Pong por envolver uma detecção de colisões mais elaborada e, a depender da implementação, maior variedade de tipos de blocos. Além disso, é necessário criar níveis, salvá-los em arquivos e desenvolver um algoritmo para transformá-los em um nível dentro do jogo.

Screenshot de um clone moderno de Breakout.
Um clone moderno de Breakout.

Frogger

Um outro clássico dos fliperamas é o “Frogger”, um jogo infinito que consiste em controlar uma rã que tenta cruzar uma série de rios e estradas movimentadas, combinando elementos de ação, reflexos rápidos, e estratégia. 

Embora não seja muito popular hoje em dia, uma versão modernizada chamada “Crossy Road” é um dos maiores sucessos entre os jogos casuais, trazendo consigo centenas de colecionáveis e modelos 3D minimalistas.

Do ponto de vista da implementação, Frogger também é um jogo relativamente simples: é necessário gerar estruturas aleatórias que servirão de obstáculos, processar os comandos do usuário, checar colisões do jogador com objetos e fazer o jogo ficar gradativamente mais difícil.

Flappy Bird

Um dos fenômenos virais mais icônicos do ano de 2014, “Flappy Bird” é um jogo infinito com uma premissa simples: o jogador controla um pássaro que precisa voar entre tubos sem colidir contra eles. O sucesso foi tanto que, poucos dias depois, Dong Nguyen, seu criador, decidiu deletá-lo “pelo bem dos jogadores.”

Em relação aos outros jogos até agora, o Flappy Bird é um pouco mais desafiador por ser necessário implementar um sistema de gravidade que constantemente arrasta o pássaro para baixo. 

Outro aspecto importante é a geração de tubos: o desenvolvedor deve garantir que as lacunas por onde o pássaro pode passar tenha espaço suficiente e que elas não sejam geradas muito próximas ao piso ou ao teto.

Imagem representando um clone do Flappy Bird.
Exemplo de clone de Flappy Bird.

Campo Minado

“Campo Minado” é um dos jogos mais conhecidos já que ele vem por padrão em computadores Windows. Ele se trata de um quebra-cabeça (puzzle) em que os jogadores precisam limpar todas as células que contêm minas sem detoná-las.

Dos jogos mostrados até então, esse é o mais complexo em termos de algoritmos por envolver um conceito até então inédito: recursão, que acontece quando uma função chama a si própria. 

Por exemplo, o algoritmo para encontrar o n-ésimo termo da sequência de Fibonacci ou o fatorial de um número são exemplos de algoritmos recursivos – é possível calcular os termos subsequentes sabendo o “caso base” e os valores anteriores.

Como seria inconveniente clicar em todos os quadrados individualmente, a recursão permite que os quadrados próximos que não possuem minas sejam revelados com um clique só.

Além disso, é preciso se atentar para a contagem de minas vizinhas, que pode trazer um pouco de dor de cabeça para os iniciantes por lidar com arrays bidimensionais.

Jogos do gênero incremental (tipo Cookie Clicker)

Jogos incrementais, como o fenômeno Cookie Clicker (que recentemente foi lançado na Steam com trilha sonora composta pelo C418), oferecem uma abordagem simples para o desenvolvimento de jogos, sendo assim uma excelente opção para iniciantes. 

A característica mais central desse tipo de jogo é o ato de clicar em um objeto para conseguir recursos e gastá-los com melhorias, que tornam os cliques mais eficientes ou adicionam recursos de forma passiva.

Em termos de implementação, um jogo incremental simplificado requer bom entendimento de eventos, manipulação de variáveis, salvar os dados para sessões futuras, e como estruturar o seu código para deixá-lo fácil de expandir no futuro.

Imagem do biscoito icônico do Cookie Clicker.

Exemplos de jogos fáceis de programar.
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Jogos do gênero match-3 (tipo Candy Crush Saga)

Outro gênero de jogo fácil de programar é o “match-3”, jogos de puzzle onde os jogadores devem combinar pelo menos três peças idênticas (geralmente joias, frutas, ou blocos coloridos) na mesma linha para eliminá-las da grade do jogo. O objetivo geralmente envolve eliminar um determinado número de peças ou atingir uma pontuação no fim dos lances.

Em termos de implementação, desenvolver um jogo desse gênero vai pedir um bom entendimento dos seguintes conceitos:

  • Arrays são fundamentais para armazenar e manipular as peças, sendo usados para verificar, ao fim de cada movimento, se uma linha ou coluna com três ou mais peças idênticas foi formada, permitindo sua eliminação da grade;
  • Geração aleatória para adicionar novas peças à grade conforme o jogador vai as eliminando. Isso mantém o jogo desafiador e dinâmico, pois os jogadores precisam parar e se adaptar à aleatoriedade;
  • Criação de níveis e colocá-los em uma sequência gradativa de dificuldade;
  • Adicionar elementos sonoros e visuais para dar feedback ao jogador.

Considerações finais

Como vimos ao longo desse artigo, é evidente que o desenvolvimento de jogos pode ser uma jornada extremamente recompensadora. Independentemente de você optar por começar com jogos de linha de comando ou trabalhar diretamente com as game engines, o importante é dar o primeiro passo, experimentar e aprender com os erros!

Mas não desanime caso o processo pareça muito longo – pois com a Main Leaf, você pode transformar a sua ideia em realidade! Somos um estúdio de desenvolvimento de jogos em atividade desde 2012 e criamos soluções personalizadas para cada cliente.

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