Como inventar um jogo em 3 passos cruciais

Sumário

Pode até não parecer, mas o mercado de games é um dos que mais cresce no mundo: segundo o site Statista, nos Estados Unidos, o mercado de jogos movimentou US$25.34 bilhões em 2017. Em 2021, esse valor foi US$49.68 bilhões, ou seja: quase o dobro de apenas quatro anos atrás!

O fato da indústria de jogos ser um dos mais populares ramos do entretenimento implica que existem muitos desenvolvedores de jogos – e ainda mais jogadores! Com todo esse sucesso, é apenas questão de tempo até que algumas pessoas se sintam interessadas em aprender como inventar um jogo de sucesso – e é por isso que estamos aqui.

Nesse post, iremos explorar detalhadamente os três passos mais importantes na criação de um jogo: o design, o desenvolvimento e o lançamento.

1. Design do jogo: ideias e mecânicas

Antes de colocar a mão na massa, você precisa ter um plano robusto para desenvolvê-lo – e é por isso que a parte de game design é essencial. Embora seja possível criar jogos sem ter planejamento, é muito importante ter suas ideias registradas em algum lugar para servir de referência no futuro. E é aí que entra o Game Design Document.

Uma pilha de documentos representando o Game Design Document

Game Design Document (GDD): a sua estrela-guia para o jogo

O GDD é um dos documentos mais importantes quando se fala de produzir um jogo. É nele em que o sumário executivo (um panorama do projeto: gênero, modelo de monetização, proposta do jogo, seu público-alvo, plataformas para as quais ele será lançado, etc.), uma descrição detalhada das mecânicas de jogo, de seus objetivos, do estilo de arte que vai ser usado, do universo do jogo e muito mais.

Em outras palavras, tudo o que estiver relacionado ao design ou à produção do seu jogo deverá ficar registrado no GDD.

A maior vantagem que o Game Design Document traz é a habilidade de manter todo mundo na mesma página desde que o documento esteja atualizado. No mais, por ele ser um documento dinâmico, o GDD pode (e deve!) ser atualizado conforme você refina as suas ideias ou vê que algo é impossível de implementar – seja por alguma limitação financeira ou técnica.

No entanto, um dos maiores impasses que surge nesse ponto do desenvolvimento é a criação de mecânicas de jogo. Como desenvolver uma gameplay que seja satisfatória para o jogador?

Como inventar um jogo: bagagem cultural gamer

Quando você vai escrever uma redação para o ENEM, você tem uma chance maior de fazer um texto bom quando você tem alguma experiência relacionada ao tema e/ou aos textos de apoio. Todo o conjunto de vivências da sua vida – independente de sua fonte – contribui no enriquecimento de seu texto.

Trazendo isso para o contexto do design de jogos, o princípio se mantém verdadeiro: se você é um gamer nato que possui experiência com uma gama variada de jogos, você provavelmente tem um entendimento mais profundo dos elementos que tornam os jogos interessantes (e às vezes viciantes). Com essa experiência, você terá mais chances de desenvolver mecânicas de jogo que sejam agradáveis.

Você já chegou a pensar no tipo de jogo que você quer fazer? Independente do gênero e da premissa do seu jogo, sugerimos um exercício: procure por jogos similares em sites como Metacritic, e experimente-os sob uma perspectiva mais analítica. Observe as coisas que o jogo em questão faz muito bem, as coisas que podem ser frustrantes para os jogadores, assim como possíveis pontos de melhoria.

Screenshot de Elden Ring para PS5 - Como inventar um jogo
Elden Ring é um dos melhores jogos do ano segundo o Metacritic.

Enredo e universo

Quase todos os jogos – até mesmo os mais simples de puzzle – possuem uma premissa, uma história interessante a ser contada. Em alguns casos, ela pode até ser bem simples e ainda assim fazer muito sucesso: todo mundo conhece a velha história do encanador italiano que passa por altos perrengues, pisa em criaturas estranhas e come cogumelos coloridos apenas para resgatar uma princesa, não é mesmo?

No ano passado, outro jogo com uma premissa extremamente simples viralizou na web – o Wordle, cujo objetivo é adivinhar uma palavra de 5 letras em até 6 tentativas – gerando várias versões alternativas (algumas inclusive brasileiras, como o Termo e o Letreco).

Em contrapartida, a maioria dos jogos possui uma premissa, um enredo e um universo mais profundos. A principal pergunta que você precisa responder é “que história você quer contar?” e, com a resposta, pensar em um universo que permita isso.

Além desses dois pontos, é de extrema importância pensar no(s) protagonista(s) da história, que será o motor principal do enredo, fazendo-o avançar conforme o jogador progride e/ou realiza certas ações; nos personagens secundários, que auxiliam no desenvolvimento da história, e nos detalhes que enriquecem seu mundo e o tornam internamente consistente.

Image of World of Warcraft. A warrior wielding a sword.
World of Warcraft possui um dos universos mais detalhados do universo dos jogos.

Outras dicas para fazer o design de jogo

Pense sempre no usuário final – seu jogador!

Durante o processo de desenvolvimento de qualquer produto, o elemento mais importante é sempre o usuário final. Querendo ou não, um jogo também é um produto, e você deve sempre pensar no seu jogador durante a fase de design.

Para te ajudar nessa tarefa, pense no seu público alvo e nas plataformas para as quais você pretende lançar. A filosofia de design de interface e mecânicas para jogos de celular (mobile) diferem bastante das técnicas usadas para jogos de computador e consoles.

Pesquise o que está na moda dentro do gênero do seu jogo

Além de entender o que faz os jogos de um determinado gênero bom, considerar as coisas que estão na moda aumentam as chances do seu jogo ser um sucesso de vendas.

Torne seu jogo diferente dos outros

Pesquisas recentes realizadas pela Statista mostram que, em média, mais de 25 jogos são lançados na Steam diariamente. O que o seu jogo tem de diferente para se destacar da multidão? O que seu título oferece que os outros não provêm? De que forma o seu jogo é melhor do que os competidores?

Comece simples!

Se esse é o seu primeiro projeto, comece simples! Não existe absolutamente nada de errado em pegar uma fórmula popular e aplicar ela em seu jogo.

2. Desenvolvimento do jogo: programação e arte

Assim que a parte de design estiver pronta, é hora de arregaçar as mangas e iniciar a produção do seu jogo. A primeira coisa que deve ser decidida é a game engine (motor de jogo), nada mais do que um software que lida com vários sistemas comumente usados nos jogos, como, por exemplo, o sistema de áudio, de arquivos e de renderização de imagem.

A screen with many lines of code

Game engines: quais as melhores opções?

Embora existam dezenas delas, as game engines mais populares do momento são o Unity e a Unreal Engine.

Unity

Muito conhecida por ser extremamente intuitiva para iniciantes, o Unity é a game engine predileta da maior parte dos desenvolvedores. Ele é inteiramente gratuito até que você esteja gerando mais de 100 mil dólares de receita por ano e usa a linguagem de programação C#, tornando-se uma opção atrativa para iniciantes e veteranos.

Unreal Engine

Capaz de criar jogos com gráficos incríveis em poucos cliques, a Unreal Engine está por trás de jogos famosos como Borderlands 3,Tetris Effect e Fortnite. Ela usa a linguagem de programação C++, conhecida por ser extremamente veloz, mas também uma das mais complexas para aprender. No entanto, sua interface não é muito intuitiva – e a Unreal pega 5% do faturamento do seu jogo caso seu rendimento ultrapasse 1 milhão de dólares.

Outras opções

Ultimamente, outros nomes têm surgido no mercado – Phaser e Godot são dois exemplos incríveis – mas encontrar recursos para iniciantes nessas engines é difícil.

Protótipos: os melhores amigos dos designers

Após determinar a game engine a ser usada, é importante criar um protótipo – algo que se cria para testar um conceito ou um processo – para averiguar se os sistemas que você criou são interessantes e divertidos. Caso não estejam iguais à sua visão, faça os ajustes necessários, atualize seu GDD e prossiga com o processo de desenvolvimento.

De qualquer forma, por conta de sua imensa utilidade no ciclo de produção de um jogo, protótipos serão uma constante daqui pra frente – especialmente quando você começar a fazer testes de garantia de qualidade (QA).

Criação de arte para jogos: melhores softwares

Gráficos 2D: Photoshop, GIMP e Aseprite

Jogos 2D são geralmente compostos apenas por imagens em duas dimensões. Photoshop é a opção para aqueles que conseguem arcar com as despesas ácidas dos produtos da Adobe. Já o GIMP é uma das escolhas mais comuns para aqueles que não querem desembolsar uma grana.

Por mais que seja possível criar pixel arts fantásticas usando esses dois programas, o Aseprite é um software feito com essa estética em mente por um preço bem bacana – R$37,99 na Steam!

Photoshop logo

Modelagem e animação 3D: Blender, ZBrush e softwares da AutoDesk

A maior parte dos jogos lançados hoje em dia são feitos em 3D e esses são os softwares mais usados: Blender como uma opção gratuita incrível para todo o processo, ZBrush para fazer ajustes finos em modelos orgânicos e os softwares da AutoDesk (como o Maya e 3ds Max) para animação e renderização.

Blender logo

Trilha sonora e efeitos sonoros: Audacity e FL Studio

O que seriam os jogos sem uma música de fundo e efeitos sonoros? Certamente uma experiência muito menos imersiva e épica!

O software mais usado para a criação de efeitos é o Audacity (gratuito) e compositores adoram o FL Studio para a produção de músicas incríveis.

Audacity logo

3. Lançamento: hora de colher os frutos!

Depois que toda a produção for finalizada e o jogo testado até seus mínimos detalhes, é hora de lançá-lo para o mundo. A depender da(s) plataforma(s) para a(s) qual(is) você desenvolveu seu jogo, você provavelmente vai querer publicar seu título nessas lojas:

PC: Steam e Epic Games;

Mobile: Play Store (Android) e Apple Store (iOS);

Console: PlayStation Store, Nintendo Store e Microsoft Store (Xbox).

No entanto, para que seu jogo seja bem sucedido, é importante que você esteja disposto a desembolsar algumas centenas ou milhares de reais em marketing e propaganda – é extremamente comum desenvolvedores contratarem agências de publicidade para esse fim.

Afinal, ninguém vai jogar seu jogo se ninguém souber dele, certo?

Main Leaf: podemos produzir o seu jogo!

Como você viu nesse post, o processo de desenvolvimento de um jogo é árduo e bastante demorado. Além disso, ele costuma ser ainda mais penoso se você estiver sozinho nessa jornada, pois há a necessidade de realizar com decência todas as partes que compõem um jogo.

Mas e se houvesse uma maneira mais fácil de obter o jogo dos seus sonhos em mãos? Bom, é exatamente para isso que nós estamos aqui!

Somos Main Leaf, um estúdio de desenvolvimento de jogos que entrega jogos polidos e incríveis sob demanda desde 2010. Temos mais de 70 profissionais talentosos que trabalham no jogo do começo ao fim com excelência.

Como a melhor maneira de aumentar as chances de sucesso do seu jogo é trabalhar com profissionais da área, solicite uma cotação conosco ainda hoje! Responderemos sua mensagem em até 24 horas.

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