Os jogos de RPG são muito conhecidos pela alta imersão que proporcionam através de uma história bem contada, um cenário bem elaborado e a possibilidade de viver a narrativa ou o conflito através de um personagem.
Tais características desses games vêm chamando a atenção de muitos – não só para jogá-los, mas também para desenvolver seus próprios jogos.
Dito isso, se você quer aprender como criar um RPG, venha conferir o guia que preparamos para você.
Como criar um RPG: Principais tipos
Como já foi dito anteriormente, os RPGs têm em comum o fato de levarem o jogador a viver através dos olhos de seu personagem.
Entretanto, tal característica é explorada de formas distintas dentre os diversos tipos de jogos desse modelo, o que deve ser estudado antes de criar um RPG.
Diante disso, permita-nos apresentar os três principais tipos antes de lhe mostrar como criar um RPG:
- RPG de Mesa (físico e online)
- MMORPG
- RPGs Eletrônicos
RPG de mesa (físico e virtual)
Os RPGs de Mesa foram os primeiros jogos desse gênero a surgir, trazendo o conceito de “Role Playing Game”, ou seja, “jogo de atuação” para o mundo dos games.
Neles, um número limitado de jogadores trocam de lugar com seu personagem, guiando-o de forma livre e espontânea em suas jornadas.
Entretanto, apesar dessa liberdade, não pense que esses jogos não têm nada que os guie na jogatina. É comum que RPGs tenham manuais que direcionam o uso das mecânicas de jogo e regulam diversos detalhes para manter uma experiência justa e desafiadora.
Além disso, esses jogos são compostos por alguns fatores essenciais: a predefinição de um conflito, a apresentação de um cenário (época e local onde o jogo se passa), a possibilidade de criar e aprimorar seus personagens e a presença de um mestre de jogo (quem conduz a partida).
O primeiro RPG de Mesa a ser lançado foi o famoso Dungeons & Dragons, que, apesar de ter chegado ao público em 1974, ainda é uma referência nesse gênero de jogos e inspiração principal para tudo que veio depois.
Inicialmente, os RPGs só apareciam como jogos de tabuleiros físicos. Contudo, com o avanço da tecnologia, jogar games desse formato sequer exige que os jogadores estejam no mesmo lugar, pois eles podem fazer o uso da modalidade online.
MMORPG
Agora, quando falamos dos MMORPGs, as limitações de espaço e quantidade de jogadores são ínfimas, pois estes apresentam uma plataforma digital multiplayer que suporta o acesso de múltiplos usuários simultaneamente, proporcionando uma interação em tempo real.
Neles existem, também, a presença de tramas, cenários ambiciosos, a personalização de personagens e uma mecânica específica de jogo.
Um aspecto importante desse tipo é que MMORPGs continuam fluindo mesmo que você não esteja presente – o que os diferencia dos RPGs de mesa, onde a vez de cada jogador é respeitada e essencial para o desenvolvimento da história.
RPGs eletrônicos
Com o sucesso triunfante do estilo de jogo dos RPGs de Mesa e com a evolução dos recursos tecnológicos, começaram a aparecer muitos jogos que trazem alguns elementos do jogo de tabuleiro.
Diferentemente dos MMORPGs, esse gênero se aproveita do caráter personalizável dos RPGs e da liberdade de decisão para propor uma aventura exclusiva de quem os joga sem a interação com outros jogadores – ou seja, offline.
É importante destacar que os RPGs eletrônicos vão aparecer de diversas formas, seja destacando o elemento de ação através de batalhas (RPGs de Ação) ou até inserindo o player em situações a serem resolvidas em um mundo aberto (Sandbox).
Como criar um RPG? Cenário, mapa, personagens e muito mais
Agora que você já conhece os tipos de RPG mais importantes, podemos prosseguir na jornada de criação de um jogo desse gênero.
Como você pôde observar nas descrições já feitas dos RPGs de Mesa, dos MMORPGs e dos RPGs eletrônicos, existem vários pontos em comum entre eles, como a liberdade de criação de personagens, a presença de uma trama e cenário e a liberdade de tomar decisões.
Portanto, para criar seu RPG, você deve focar nesses aspectos do game.
1. Crie uma história
Para que os jogadores possam viver uma aventura, é necessário que haja uma história cativante por trás do jogo, juntamente a uma conflito a ser resolvido, pois será o desejo de resolver o problema e criar um final para a trama que incentivará os jogadores a seguirem jogando.
Portanto, pegue o papel e a caneta e permita que sua imaginação te guie. Considere o tempo em que tudo irá acontecer e o local.
O enredo pode se passar na época medieval, em uma cidade que está em guerra, ou até em uma galáxia a milhões de anos luz da Terra. Deixe sua imaginação guiar a sua criatividade.
2. Desenhe o cenário
Agora que você já redigiu os acontecimentos ocorridos antes da jogatina, você deve estabelecer um ambiente de jogo.
Para isso, é importante que um mapa seja desenhado e que sejam espalhados desafios e obstáculos coerentes com a história pelo espaço em que o jogo se passa, pois isso irá abrir o leque de possibilidades para os jogadores.
3. Determine um método de criação de personagens
A criação dos personagens é uma das características essenciais dos RPGs e é o que torna cada partida única, portanto é de suma importância que seja determinada uma forma coerente e justa de criá-los e aprimorá-los.
É muito recorrente o uso de fichas de personagens – um guia que os jogadores devem seguir para tal criação. Nelas, você pode distribuir um determinado número de “pontos” em diversas qualidades para o personagem, descrever a sua biografia e até definir a sua personalidade. Nos jogos de mesa isso é feito à mão, enquanto nos MMORPGs e RPGs eletrônicos isso é feito digitalmente.
4. Crie uma mecânica de jogo
Nessa parte do processo criativo, você terá que decidir por um dos tipo de RPG que existem e estabelecer formas de avançar no jogo para lidar com os desafios.
Com esse objetivo, você pode, por exemplo, estabelecer que haja uma quantidade de pontos em algum atributo para triunfar sobre algum problema e instituir os dados, no jogo de mesa, como um adicional de pontos na jogada.
5. Insira fatores de perda e ganho
Para que o jogo não fique parado ou até chato, é preciso adicionar o fator risco e a chance de ganhar algo às jogadas.
Para isso, você pode adicionar ao RPG formas de perder pontos de atributo, consequências ruins para a perda de desafios, recompensas pela vitória e itens com funções distintas (benéficas e maléficas). Elementos raros e colecionáveis também ajudam a manter o jogador engajado.
Após a criação e definição de tudo isso, seu RPG já está pronto para ser jogado e sair do papel.
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