Que os jogos eletrônicos já fazem parte da vida de muitas pessoas (não importando suas idades e classes sociais), todo mundo já sabe – eles são uma forma prazerosa e conveniente de entretenimento, lazer e socialização.
No entanto, nem todos os jogos são criados iguais. Alguns são simplesmente bons, enquanto outros são excelentes. E, ainda, existem aqueles que são medíocres ou mesmo decepcionantes.
A questão é que, quando pagamos por um jogo, esperamos ter uma experiência à altura do investimento. Afinal, para a infelicidade de todos, dinheiro não é algo que se dá em árvore – e ninguém se sente contente em comprar um jogo que definitivamente não valeu seu preço.
Nos últimos anos, algumas polêmicas envolvendo jogos pagos têm chamado a atenção do público e causado grande insatisfação, como o aumento do preço dos jogos AAA, o fenômeno das loot boxes e a possibilidade de comprar vantagens em muitos jogos por meio de microtransações.
Por isso, ao longo desse artigo, você irá aprender 5 dicas incríveis para criar boas experiências pagas em jogos, sendo quatro delas falando sobre o que fazer e a última comentando sobre o que evitar em seus projetos.
Como criar boas experiências pagas em jogos?
Apesar de não ser fácil, fazer um esforço para criar boas experiências em jogos pagos pode trazer resultados impressionantes. Abaixo, listaremos 5 dicas de ouro para o seu projeto!
Concentre-se na diversão e no envolvimento dos jogadores
A primeira e mais importante coisa a fazer ao criar um jogo é concentrar-se na diversão dos jogadores. Afinal, eles representam o usuário final, o público que vai consumir (isto é: gastar dinheiro com) o seu jogo, e os jogadores precisam se divertir com a sua experiência.
Para isso, uma das partes mais fundamentais é prover uma gameplay (ou jogabilidade) sólida. Ou seja, o loop de jogo, que representa as ações que os jogadores farão várias vezes ao longo da trama, deve ser divertido e manter os jogadores entretidos.
Junto a isso, é importante criar desafios e balanceá-los para causarem um pouco de sufoco nos jogadores, mas não a ponto de serem impossíveis. Lembre-se de que os jogadores devem sentir que estão progredindo e se tornando melhores no jogo, mas não devem ficar com mecânicas extremamente complexas e desafios impossíveis.
Dito isso, é de extrema importância também oferecer variedade para evitar deixar o jogo repetitivo. Adicione alguns elementos surpresa ou mesmo algumas ações aleatórias (como os NPCs e inimigos que enfrentamos ao andar pelo mapa de Skyrim) para adicionar um quê a mais ao seu jogo.
Outro aspecto que muitos jogadores adoram envolve a criação de um mundo detalhado e cheio de intrigas. Idealmente, você vai querer que os jogadores se sintam imersos no mundo que você criou, o que pode envolver a criação de um estilo arquitetônico especial para determinado povo, vários personagens complexos, fauna e flora originais e muito mais.
Ofereça conteúdo de qualidade que justifique o preço
Além de ser divertido e envolvente, um jogo pago também deve oferecer conteúdo de qualidade que justifique o preço cobrado.
Não sai muito do que já falamos: a história deve ser bem escrita e ser contada no ritmo certo, os personagens precisam ser bem desenvolvidos, as mecânicas de jogo devem ser sólidas e balanceadas, etc.
Só que também devemos falar sobre o valor de produção do jogo. Os recursos gráficos e sonoros também fazem parte da experiência, muitas vezes sendo essencial para a criação de uma boa experiência paga em jogos. As texturas e os modelos precisam ser de alta qualidade, bem feitos e coerentes entre si, sendo necessário tomar um pouco de cuidado com os sons para não torná-los desagradáveis por repetição.
Em outras palavras, se sua conta bancária permitir, não tenha medo de investir tempo e recursos no seu jogo: contrate profissionais qualificados (como nós da Main Leaf) para trabalhar nos seus game assets, teste seu jogo com jogadores reais para obter feedback e coloque bastante esforço em criar a experiência mais equilibrada possível.
Seja transparente sobre o seu produto
Pode não parecer, mas a transparência é outro fator essencial para criar boas experiências pagas em jogos. Os gamers devem saber o que estão comprando e devem poder confiar plenamente nos desenvolvedores.
Para isso, o time de desenvolvimento deve fornecer informações claras e precisas sobre seu produto. Isso inclui o gênero do jogo, o preço, as restrições de conteúdo, a sinopse da trama e o que esperar dela, além de quaisquer outras informações relevantes. Essa transparência é essencial, pois ajuda a construir uma relação de confiança e respeito com os jogadores.
Ou seja, é importante evitar práticas desonestas, como usar linguagem enganosa ou confusa para descrever o conteúdo do jogo, criar falsas expectativas sobre o produto e prometer recursos que não estão disponíveis.
Um exemplo recente envolveu o jogo Cyberpunk 2077, originalmente lançado no final de 2020, cujos problemas repercutiram mundo afora. Seus inúmeros bugs e problemas de desempenho frustrou milhares de jogadores e atingiu a reputação da CD Projekt Red, o estúdio de desenvolvimento por trás de um dos jogos mais esperados daquele ano.
Mesmo assim, o jogo foi um sucesso de vendas, recuperando todos os gastos com seu desenvolvimento antes mesmo de ser lançado.
Tenha uma boa equipe para dar suporte aos jogadores
Prestar um excelente suporte ao cliente é essencial para qualquer tipo de produto ou serviço, não importa onde você for ou a sua área. Não surpreendentemente, essa máxima também é válida no mundo dos games.
Isso ocorre porque os jogadores investem seu tempo e, principalmente, dinheiro em um jogo pago – e esperam que ele funcione corretamente ou que eles possam obter ajuda caso precisarem. Alguns dos problemas mais comuns incluem:
- Bugs ou problemas técnicos: jogos são, essencialmente, programas complexos que interagem com vários arquivos e componentes ao mesmo tempo. Por isso, é inevitável bugs ou problemas técnicos eventualmente apareçam. Uma equipe de suporte ao usuário pode ajudar os jogadores a resolver esses problemas ou repassar os bugs para a equipe de desenvolvimento, que visa consertar os bugs;
- Problemas com compras: às vezes, as plataformas de processamento de compras param de funcionar como deveriam, e, com isso, pode acontecer de gamers ficarem sem receber o que compraram. O mesmo pode acontecer com as plataformas de cadastro dos jogadores;
- Perguntas sobre o jogo: embora menos comum, os jogadores podem ter dúvidas sobre o próprio jogo, especialmente quando envolvem várias camadas de mecânicas complexas.
Por conta desses problemas, é crucial que exista uma equipe de suporte ao cliente ativa e eficiente para atender aos jogadores o mais rápido possível. Essa prática ajuda a melhorar a satisfação dos jogadores, reduzir o número de reclamações e até mesmo evitar problemas futuros.
Aliás, caso você esteja interessado em dicas para criar uma boa equipe de suporte, aqui estão elas: considere contratar funcionários que sejam jogadores experientes, ofereça treinamentos acerca do jogo e de como lidar com os clientes e forneça ferramentas (como bases de conhecimento e softwares de diagnóstico) para que os funcionários possam resolver problemas com eficiência.
Evite práticas ruins!
Não adianta mandar bem nos aspectos positivos de jogos pagos se, ao mesmo tempo, você adicionar ao seu projeto práticas que podem prejudicar a experiência dos jogadores.
Uma das mais infames e que tem ganhado grande relevância na mídia envolve loot boxes, caixas aleatórias que podem conter itens de jogo, como armas, roupas, personagens e vantagens temporárias.
Eles são frequentemente criticados por serem uma forma de jogo de azar, que pode levar os jogadores a gastar dinheiro em itens que não querem ou não precisam. Além disso, essa prática contribui para a epidemia que estamos vendo com a escalada recente das casas de apostas virtuais e cassinos online – o tal do “jogo do tigrinho” é um dos exemplos mais populares em tempos recentes.
Aliás, é por conta disso que muitos países (como a Holanda) já estão mirando em banir completamente essa prática.
Na mesma linha de raciocínio, microtransações em excesso também costumam ser recebidas de forma negativa pelos jogadores. O termo se refere a pequenas compras no jogo que podem ser usadas para obter itens ou vantagens adicionais e são uma excelente forma de monetizar um jogo gratuito, mas elas não têm vez em jogos pagos.
No entanto, existe uma exceção: efeitos cosméticos, que afetam em nada a jogabilidade além de adicionar efeitos visuais. Apesar do preço de alguns desses apetrechos serem exorbitantes, o fato de eles não entregarem vantagem alguma para os jogadores os torna inofensivos no fim das contas.
Outras práticas negativas envolvem o lançamento de jogos incompletos ou que possuem uma quantidade intolerável de bugs e problemas técnicos. Em muitos casos, até dá para passar um pano e relevá-los, mas, em outros, o jogo pode se tornar frustrante ou mesmo injogável. Por isso, é imprescindível que tudo seja cuidadosamente testado antes do lançamento.
Conclusão
Em suma, criar boas experiências pagas em jogos é um grande desafio, mas é perfeitamente possível com planejamento, dedicação e atenção aos mínimos detalhes. Seguindo as dicas desse artigo, você pode aumentar as chances de criar algo que seja divertido e envolvente, oferecendo conteúdo de qualidade que justifique o preço cobrado.
Além disso, é também de grande importância evitar práticas que podem prejudicar a experiência dos jogadores, como microtransações em excesso, loot boxes e o lançamento de jogos incompletos ou com muitos problemas técnicos.
Desenvolvimento de excelentes jogos pagos com a Main Leaf
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Temos um time completo com mais de 70 desenvolvedores, artistas e game designers prontos para te ajudar com o que for necessário. Nosso processo de desenvolvimento é eficiente e transparente – você fica por dentro de tudo o que acontece nos bastidores do seu jogo – e garantimos o mais alto padrão de qualidade naquilo que fazemos.
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