Como usar a tecnologia de realidade virtual na escola?

Sumário

De alguns anos para cá, os aparelhos digitais e a internet se alastraram pelo mundo. 30 anos atrás, computadores ainda eram bem lentos e limitados em comparação ao que são hoje, e não se falava sobre redes sociais – hoje, como sabemos, elas estão em todos os lugares. Pouco mais de 15 anos atrás, ninguém falava sobre smartphones até que Steve Jobs os introduziu ao mundo – e hoje esses dispositivos estão no bolso de milhões.

Querendo ou não, essas tecnologias mudaram o mundo, encurtaram distâncias, e permitiram a comunicação quase instantânea entre pessoas pela internet. Elas também mudaram as pessoas: a popularização dos computadores e smartphones criaram uma demanda por uma educação mais interativa e envolvente para quebrar a monotonia das aulas tradicionais. Afinal, podemos concordar que ouvir um professor falar sobre algo por 50 minutos às vezes cansa, não é mesmo?

Recentemente, uma tecnologia tem chamado bastante atenção da mídia e dos profissionais de diversas áreas: a realidade virtual (RV), ganhando várias aplicações em pouquíssimos anos, e muito se debate sobre como usar a tecnologia de realidade virtual na escola.

Nesse artigo, iremos definir o que é a realidade virtual, seu funcionamento, alguns exemplos de aplicações práticas em sala de aula, e os vários benefícios de incorporar essa incrível tecnologia nas suas aulas.

O que é realidade virtual? Como ela funciona?

Mais popularmente conhecida pelo seu acrônimo em inglês, VR, a realidade virtual consiste na simulação completa de um ambiente em três dimensões. Embora a chamemos de realidade virtual, é fato que todos os seus elementos são artificiais – pelo menos por enquanto, pois a tecnologia háptica ainda está em desenvolvimento – mas a simulação permite a exploração e interação livres por parte dos usuários.

Por meio de um óculos ou um headset especial (e, em alguns casos, um controle de mão), é possível acessar esses mundos simulados. Como o visor bloqueia todos os estímulos visuais externos, a tela do headset é a única coisa que fica em seu campo de visão, dando a impressão de que você realmente está em um outro mundo. Além disso, o headset e os controles possuem rastreadores de movimento, permitindo que sua visão seja ajustada conforme os seus movimentos corporais.

Mulher usando um headset de realidade virtual e controles de mão
Mulher usando um headset de realidade virtual e controles de mão.

A imersão proporcionada pela tecnologia de realidade virtual se dá também pelo fato dos headsets possuírem uma tela para cada olho, cada uma produzindo uma imagem levemente diferente. Elas são então interpretadas pelo nosso cérebro como uma só e isso gera a sensação de profundidade real, chamado de estereoscopia – algo praticamente impossível com as telas tradicionais.

Agora que sabemos os básicos da realidade virtual, que tal descobrir como usar a tecnologia na sala de aula?

Como usar a tecnologia de realidade virtual na escola?

Embora ainda não seja muito comum, em parte pela falta de infraestrutura e também pela falta de treinamento por parte dos profissionais, a realidade virtual é uma tecnologia promissora na área da educação. Vamos ver algumas aplicações em potencial dessa ferramenta na sala de aula.

Viagens de campo virtuais

Com a tecnologia de realidade virtual, é possível explorar espaços antes inviáveis para a maioria de nós. Não só isso: não há custo com as viagens, estadia, e outros possíveis gastos em uma viagem de campo real, permitindo que tudo seja realizado do conforto da sala de aula.

Dessa forma, é possível garantir que todos os alunos possam participar das viagens virtuais, pois as preocupações que os responsáveis geralmente possuem com esse tipo de viagem não existem.

Aplicativos e plataformas como, por exemplo, o Unimersiv e o Google Expeditions são excelentes para esse tipo de atividade com os alunos. Eles podem usar os próprios smartphones e combiná-los com o Google Cardboard – um óculos de realidade virtual econômico – para uma experiência fantástica e imersiva.

Por fim, os softwares são gratuitos e podem funcionar até mesmo sem internet, sendo uma ferramenta interessante até mesmo para escolas onde a infraestrutura é precária.

Imagem mostrando algumas opções do Google Expeditions.
É possível explorar até mesmo os oceanos com o Google Expeditions.

Laboratórios virtuais

Laboratórios em realidade virtual também podem ser adições fantásticas para as escolas. Usando a tecnologia imersiva, os professores podem conduzir experiências em um ambiente virtual que simula um laboratório de verdade, mas sem precisar da infraestrutura para tal – afinal, os gastos com as vidrarias, com os equipamentos, e com toda a estrutura do laboratório costumam ser altos, e nem todas as escolas conseguem arcar com o valor. 

Outros pontos favoráveis incluem o risco zero de acidentes, já que o laboratório é totalmente virtual, e o fato de não haver necessidade de manutenção dos espaços e equipamentos.

É possível também utilizar a tecnologia para outras disciplinas que vão além da química – como a biologia, a física e a matemática; os professores podem realizar dissecações de plantas e animais em um ambiente virtual para ensinar sobre a anatomia e a fisiologia dos animais de cada filo, ou usar a RV como forma de demonstrar princípios da física e visualizar teoremas matemáticos, mostrando várias aplicações na vida real de forma lúdica e imersiva.

Visitas a museus e locais históricos

No entanto, a realidade virtual pode também ser uma aliada incrível no ensino de matérias de humanas também – apesar de, nesses casos, apresentar um papel complementar às aulas tradicionais. Com a tecnologia, os estudantes podem fazer visitas virtuais a museus, galerias de arte, e outras instituições culturais, como o Louvre (em Paris), o Museu Metropolitano de Arte (em Nova York), e o Tate Modern (em Londres).

Outra aplicação da realidade virtual nessa área envolve visitas remotas a locais históricos, como ruínas de civilizações antigas e campos de batalha famosos, reconstruções de eventos históricos, como a descoberta do Brasil e Revolução Francesa, e também visitas virtuais ao mundo antigo – o que poderia ser mais imersivo do que vivenciar como era o dia a dia de um egípcio ou um romano?

Pode até não ser realidade virtual, mas imagine poder explorar esse ambiente livremente usando a tecnologia?

Benefícios de usar a realidade virtual nas escolas

Agora que você sabe algumas das aplicações da realidade virtual em sala de aula, vamos conhecer alguns benefícios gerais de usar a tecnologia na escola?

Aprendizagem imersiva

A realidade virtual permite que os alunos entrem em um mundo totalmente diferente – mesmo que não seja 100% fiel à realidade, não precisamos de muito para termos nossos sentidos manipulados pela simulação. Como o mundo da realidade virtual permite que os alunos interajam com os elementos do ambiente, os alunos se sentem mais imersos, e eles geralmente assimilam melhor os conteúdos aprendidos dessa forma.

Garoto usando um óculos de realidade virtual e luvas

Melhor engajamento com os alunos

Assim como no ponto acima, a imersão e o senso de exploração que a realidade virtual proporciona torna o ato de aprender algo divertido e lúdico, podendo ser explorado de diversas maneiras. Dessa forma, usar a realidade virtual pode aumentar bastante o engajamento e a motivação dos alunos, sendo uma ferramenta especialmente importante para os alunos que possuem dificuldades em se manter atentos durante as aulas tradicionais, que costumam ser puramente expositivas.

Acesso a locais e experiências inacessíveis

Uma das maiores vantagens que a realidade virtual possui é o acesso a locais e experiências que, no mundo real, são difíceis ou mesmo impossíveis de acessar. Com a tecnologia, os alunos podem viajar para qualquer outro lugar do mundo – até mesmo o fundo do mar, as crateras lunares, ou outros locais extraterrestres, como Marte e a superfície de Titã, o único satélite natural a possuir sua própria atmosfera.

dois astronautas e um foguete ao fundo
O que você acha de poder explorar os astros do sistema solar do conforto da sala de aula?

É importante ressaltar que, com a realidade virtual, os responsáveis pelos alunos não precisam se preocupar com a segurança dos filhos e com os altos gastos que viagens e excursões podem ter, pois todas as atividades podem ser realizadas da sala de aula (mesmo que fora do horário de aula convencional), mostrando-se uma ferramenta em potencial para democratizar a educação.

Além disso, os alunos podem realizar experiências que, do contrário, precisariam de bastante infraestrutura e aulas adicionais sobre segurança no laboratório de química. Quem, afinal, não iria adorar dar uma de Walter White e fazer alguns experimentos… diferenciados de vez em quando?

Visualização de conceitos abstratos

Usar a realidade virtual em sala de aula pode ajudar os alunos a entenderem e até mesmo a visualizar conceitos complexos e abstratos, como o funcionamento do corpo humano, leis da física/química, como a distorção do espaço-tempo em velocidades próximas à da luz, e até alguns conceitos matemáticos, como o porquê do volume de uma pirâmide ser ⅓ do volume de um prisma de mesma base e altura.

Dessa forma, os alunos podem compreender essas matérias de forma mais lúdica e interativa, aumentando a retenção do material por parte dos alunos e melhorando sua atenção à matéria.

Alta relação entre custo e benefício

Como a maior parte dos gastos com a realidade virtual está justamente nos smartphones, que quase todos os alunos possuem, e no headset, a tecnologia se apresenta como uma alternativa com altíssimo custo-benefício para experiências educativas que fogem do tradicional.

uma mão segurando notas de cem dólares

Considerações finais

Como você viu nesse artigo, a realidade virtual é uma tecnologia que, embora existente desde o século passado, apenas se tornou popular no começo da década anterior principalmente por conta dos jogos, mas pouco a pouco as pessoas começaram a perceber o real potencial dessa tecnologia.

Hoje em dia, com o ensino tradicional estando cada vez mais ultrapassado e não correspondendo às demandas dos alunos contemporâneos, é importante debater diferentes métodos de ensino. A realidade virtual é um dos complementos sugeridos por muitos para melhor preparar os alunos para o futuro, e suas diversas aplicações na sala de aula mostram como elas podem tornar as aulas mais interativas e melhorar a retenção dos alunos.

Além disso, a tecnologia possibilita a visualização de conceitos abstratos, a realização de excursões virtuais, acesso a experiências que podem ser perigosas na vida real e muito mais – mostrando-se uma grande aliada em potencial na educação.

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