O que é design de games? Conheça tudo sobre essa área

Sumário

Você já jogou alguma coisa que te deixou completamente imerso em sua história, ambientação, personagens, e/ou gameplay? Pois bem, isso é tudo graças ao design de games!

Com o recente aquecimento no mercado de jogos dentro do país, muitos profissionais têm tentado migrar para a área, que apresenta bastante promessa para o futuro – segundo uma pesquisa da Newzoo, jogos digitais no Brasil geraram a cifra de US$2.7 bilhões, um salto de quase 60% em relação ao valor registrado em 2020 (US$1.6 bilhões).

E você não vai querer ficar de fora, certo? Nesse artigo, explicaremos o que é design de games, suas funções, que habilidades são importantes para um game designer e como alguém consegue ingressar neste ramo.

Boa leitura!

O que é design de games?

O design de games, mais conhecido como “game design”, é a área que serve como o alicerce do desenvolvimento de um jogo, sendo o processo a partir do qual as regras, as mecânicas, os elementos, e o universo do jogo são idealizados e criados.

É possível traçar um paralelo de design de games com a receita de um prato: o time de game designers decide quais ingredientes devem ser utilizados e quanto de cada usar, como os personagens, o enredo, e muito mais. Eles também determinam como tudo deve ser misturado para criar uma experiência encantadora e coesiva, usando princípios de design de nível (ou level design), de interface (user interface, ou UI), e de experiência do usuário (user experience, ou UX).

Fazer um bom game design é extremamente importante, pois é ele quem determina a experiência que seus usuários terão enquanto jogam. Jogos com design excelente são imersivos, sedutores e, acima de tudo, divertidos, enquanto jogos com decisões de design questionáveis podem ser uma grande fonte de frustração.

Duas pessoas segurando controle DualShock jogando um jogo de futebol.

O que é design de games?

O que faz um game designer?

Apesar da área possuir um objetivo específico, o game designer é um profissional versátil que pode realizar várias funções em um time de desenvolvimento:

  • Idealização do jogo: antes do jogo começar a ser desenvolvido, é necessário passar pela etapa de pré-produção, onde um time pequeno cuida de planejar todos os aspectos de um jogo, incluindo, mas não se limitando a seu sumário executivo, conceito de jogo, mecânicas principais, plataformas para as quais o jogo será lançado, pesquisas de mercado para identificar oportunidades em potencial com o time de marketing, e escrevendo tudo no Game Design Document (GDD, ou documento de design de jogo);
  • Criação do universo da trama, ou worldbuilding: uma das principais tarefas do time de game design é criar o universo ficcional onde o enredo da história se desenrola, incluindo sua história, geografia, cultura, cidades, e outros elementos para criar um ambiente vivo e imersivo que os jogadores explorarão conforme progridem na história;
  • Desenvolvimento do enredo e personagens: quase todos os jogos contam uma história, e para isso é necessário ter uma trama – a qual não avança sem as interações entre os personagens. Uma premissa interessante motiva os jogadores a terminarem o jogo (afinal, adoramos desfechos nas histórias que consumimos), e personagens bem construídos criam uma conexão a nível emocional com os jogadores. É possível também utilizar reviravoltas, os famosos “plot twists”, para surpreender o jogador nos momentos mais tensos da trama;
  • Design das mecânicas do jogo: até mesmo os jogos mais simples possuem mecânicas, o conjunto de regras e sistemas que regem como o jogador pode interagir com o mundo, como ações básicas (pular, correr, atirar, etc.) e atividades mais complexas (árvore de habilidades, sistema de forja e refinamento, etc.). Em design de jogos, eles são um componente essencial, pois servem como a base para as ações e decisões do jogador;
  • Criação dos níveis e ambientes: também conhecidos como “level design” e “environment design”, esses aspectos essenciais lidam diretamente com o mundo do jogo, incluindo os locais com os quais o jogador irá interagir e explorar.
    • “Level design” está relacionado aos níveis e estágios de forma individual, cada qual com seus desafios e objetivos a serem conquistados. Jogos com excelente design de nível o usam para introduzir os jogadores a novas mecânicas e, em alguns casos, para guiar os jogadores para determinadas localizações, promovendo um senso de complexidade e progressão conforme o jogador progride;
    • Já o “environment design” se relaciona com o mundo de forma abrangente, pensando nos aspectos físicos do mapa e na disposição de cada elemento. Jogos que realizam um ótimo environment design costumam ser memoráveis, promovendo uma experiência imersiva e rica em detalhes com várias localizações para explorar – como Skyrim, um dos RPGs mais icônicos da história;
Screenshot com uma paisagem bucólica em Skyrim.
Cá entre nós: Skyrim é um dos jogos de mundo aberto mais influentes da última década.
  • Design e implementação da interface de usuário (UI): elas costumam passar batidas quando bem feitas, mas criar e implementar uma UI que dê informações o suficiente sem poluir a tela é bem mais complicado do que parece. Esse nicho também envolve a criação de menus, ícones (para efeitos, habilidades, itens, etc.), e outros elementos visuais. Seu design deve ser fácil de interpretar, intuitivo, e esteticamente atraente, além de ser consistente com o resto do jogo;
  • Design de áudio: esse aspecto inclui a criação de efeitos sonoros, falas, e a composição da trilha sonora. Os game designers geralmente ficam responsáveis por garantir que o design de áudio correspondem com sua visão para o jogo, retornando feedback e dando direção para os designers de áudio e compositores da equipe;
  • Auxiliar na criação de arte: assim como no design de áudio, os game designers costumam realizar a direção de arte, garantindo que todo o material produzido se harmonize. Todavia, game designers com habilidades artísticas podem trabalhar diretamente com a criação de arte, caso necessário;
  • Supervisão de Quality Assurance (QA): os game designers acompanham os profissionais de QA para garantir que os protótipos estão alinhados ao GDD e à visão da equipe;
  • Balanceamento do jogo: uma das principais funções dos game designers é balancear o jogo, ajustando valores, mecânicas, e parâmetros para garantir que o jogo seja desafiador, mas sem ser frustrante ou injusto. Esse aspecto é surpreendentemente complicado de acertar – basta olhar para o lado e observar a quantidade de atualizações que jogos online recebem periodicamente para melhorar a experiência de jogo.
Foto mostrando o client do League of Legends.
League of Legends é infame por suas atualizações e balanceamentos duvidosos.

Quais habilidades são importantes para um designer de jogos?

Por mais que as funções delegadas a um game designer podem variar bastante de companhia para companhia, de forma geral, eles apresentam as seguintes habilidades e características:

  • Criatividade: cargos que envolvem design costumam requerer criatividade, e game design não é uma exceção. Não é necessário reinventar a roda o tempo todo, mas dar um toque de originalidade e inovação em suas criações é essencial;
  • Conhecimento técnico de desenvolvimento: por mais que o game designer provavelmente não vá passar muito tempo programando, é importante entender o básico das linguagens de programação, da infraestrutura, e das outras ferramentas utilizadas. Com esse conhecimento, o game designer ganha uma noção aguçada das coisas que são possíveis ou não implementar em um jogo;
  • Entendimento dos princípios de game design: é importante que o game designer entenda sua função dentro da equipe e como executá-la da melhor forma possível. Isso inclui ter boas noções de criação de interface e experiência do usuário (UI/UX), como criar um universo rico e encantador, e design de nível/ambiente;
  • Trabalho em equipe e comunicação: um game designer deve saber expressar sua visão e suas ideias de forma concisa para outros membros da equipe, incluindo artistas, programadores, e produtores. Além disso, como game designers trabalham em grupo, é importante que eles saibam colaborar com os outros para trazer o jogo à vida;
  • Adaptabilidade: por mais que o GDD já esteja montado, é importante se lembrar que ele é um documento vivo, ou seja: ele pode ser atualizado conforme feedback de outros membros da equipe e refinamentos no design do jogo. Por isso, é crucial que um game designer seja adaptável e aberto a mudanças;
  • Mente analítica e atenta: conforme o time recebe feedback dos testadores ou dos jogadores, o game designer precisa saber analisar o comportamento dos jogadores e as métricas de desempenho para tomar decisões melhor informadas;
  • Gerenciamento de tempo: jogos criados em equipe costumam ser projetos longos e de difícil realização, sendo necessário saber administrar o tempo para evitar prejudicar outros membros da equipe;
  • Alto nível de inglês: como muitas ferramentas possuem documentação apenas em inglês, é imprescindível que os game designers consigam desenrolar no inglês de forma autônoma. Não é necessário ser fluente, mas é um diferencial;
  • Por fim, paixão pela área de jogos: game designers trabalham diretamente com os elementos que tornam os jogos fantásticos, e ter experiência em vários gêneros de jogos é fundamental. Além disso, é importante estar sempre atualizado em relação a tendências no mundo dos jogos, pois isso possibilita a identificação de oportunidades únicas;
Foto em que duas ampulhetas estão em cima de uma mesa ao lado de um computador.
Tempo é dinheiro.

Como se tornar um designer de jogos?

Embora não seja um curso popular, algumas universidades oferecem cursos de nível superior na área de jogos. Aqueles procurando por um curso mais rápido podem optar por um tecnólogo como o da UNISUL, que possui duração de 3 anos, enquanto outros em busca de uma formação mais robusta podem optar pelo bacharelado na FAM ou na Anhembi Morumbi, ambos com duração de 4 anos.

Entretanto, não é obrigatório fazer um curso especificamente de jogos para ser um game designer. É possível ingressar na área com alguma graduação, como ciência da computação, design gráfico ou engenharia de software, e depois, com o conhecimento adquirido, especializar-se em design de games.

Ainda assim, ter um curso superior é um diferencial – e não um requisito para começar a jornada como game designer. Cursos livres, como os oferecidos pelos instrutores na Udemy, por exemplo, são um excelente começo para aqueles que não podem arcar com os custos de uma graduação convencional.

No entanto, mais importante do que tudo é demonstrar que o candidato possui as habilidades práticas que o cargo requer no cotidiano. A forma mais usual de fazer isso é com portfólios onde os aspirantes publicam seus próprios jogos. Eles não precisam ser complexos, mas é importante que o candidato saiba argumentar o motivo para suas escolhas e como todas as partes do jogo funcionam.

Outras competências que o game designer aspirante pode aprender para ter mais chances de conseguir uma vaga na área envolvem ilustração 2D, modelagem 3D, animação, computação gráfica, desenvolvimento de IAs para os NPCs e, a essa altura do campeonato, até mesmo conhecimentos de marketing.

Sala de aula com vários adultos.

Considerações finais

Como você viu nesse artigo, o design de jogos é a área responsável por criar a estrutura e as regras de um jogo – desde seus personagens e sua trama até as mecânicas que o jogador encontrará e o universo onde tudo acontece. O termo também se refere ao longo processo que determina a experiência final que os usuários terão dentro do jogo. Por conta disso, é imprescindível que os game designers sejam profissionais versáteis e dedicados.

Mas e se você tiver uma ideia mirabolante para um jogo e não souber como transformar ela em realidade? A forma mais eficiente e indolor de fazê-lo é trabalhando ao lado de profissionais qualificados na área de desenvolvimento de jogos!

Somos a Main Leaf, um estúdio de jogos nacional em atividade desde 2010. Trabalhamos em nossos projetos do começo ao fim – passando pelas etapas de planejamento (onde os game designers mais atuam), produção, e pós-produção – que termina com seu lançamento nas maiores plataformas de jogos, como Steam e Google Play Store.

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